A USA Network está trazendo de volta a série de TV com roteiro. Primeiro? "The Rainmaker", de John Grisham.

Depois de deixar o mercado de TV com roteiro em 2021 para se dedicar à cobertura de reality shows e esportes, a USA Network está retornando à exibição de programas originais com roteiro, com o drama jurídico "The Rainmaker".
Desde 2021, a USA Network vem lotando sua programação com reality shows e esportes, abrindo mão completamente de programas originais e roteirizados. Fãs de "Suits", "White Collar" e "Monk" ficaram apenas com as lembranças das histórias da semana desses programas. Mas na sexta-feira, a emissora retorna à TV com roteiro com o thriller jurídico "The Rainmaker".
Se o título lhe parece familiar, é porque é baseado no romance de 1995 de John Grisham, que foi adaptado pela primeira vez para o cinema em 1997, estrelado por Matt Damon e dirigido por Francis Ford Coppola . Neste "Rainmaker", o ator britânico Milo Callaghan interpreta Rudy Baylor. É o primeiro papel principal de Callaghan, que já havia interpretado personagens recorrentes em séries como "Duna: Profecia", da HBO, e "A Princesa Espanhola", da Starz.
Baylor acaba de se formar em Direito e está prestes a começar a trabalhar no maior escritório de advocacia do estado, comandado por Leo F. Drummond (John Slattery). Em seu primeiro dia, Baylor é demitido após desafiar Drummond em uma reunião. Desesperado por trabalho, ele aceita um emprego em uma pequena empresa de busca de ambulâncias que funciona em uma antiga lanchonete de tacos. Sua chefe é Jocelyn "Bruiser" Stone (Lana Parrilla, em uma troca de gênero do filme em que Mickey Rourke interpretou o papel). Ela é inteligente, confiante e não tem medo de usar seu sex appeal para conseguir o que quer. O primeiro grande caso de Rudy o coloca contra o grande e chique escritório de advocacia que o demitiu — e sua namorada, que ainda trabalha lá.
Callaghan contou à Associated Press sobre aprender jargão jurídico enquanto imitava o sotaque de Memphis e se familiarizava com o material original. As respostas foram editadas para maior clareza e concisão.
CALLAGHAN: Eu assisti quando fui escalado. Matt Damon é alguém que todo ator jovem admiraria. Eu queria conhecer o trabalho dele. Quer dizer, era um filme do Coppola também, então eu estava animado para assistir. E então pensei uns 20 minutos e me concentrei no roteiro, porque é diferente e acho que temos 10 horas de televisão para explorar esse personagem. A gente segue por um caminho mais sinuoso do que o do filme.
CALLAGHAN: Sim. É um thriller de ritmo lento, na verdade, mas fantástico. E tem um trecho, deve ter umas 100 páginas, dele se preparando para o caso por meses e meses e meses. Então, eu nunca quis que parecesse uma genialidade improvisada. Parecia que essa era uma situação que precisava ser honrada até certo ponto. Tipo, você pode ser um advogado fantástico, mas não chega lá sem se esforçar e se esforçar. Tivemos cenas ótimas em que trabalhávamos até tarde da noite.
CALLAGHAN: Você prepara uma cena de tribunal, com oito páginas, e é um depoimento. E você sabe disso, trabalhou nela e está pronto para dormir, e são 15h45, e você recebe um e-mail dizendo: "Reescrevemos esta cena e vamos filmá-la às 8h". E você pensa: "Não só estou reaprendendo tudo isso, como também preciso rever o dialeto para garantir que esteja tudo certinho". Definitivamente, foi um componente extra que provavelmente me tirou um pouco do sono.
CALLAGHAN: Trabalho consistente com um ótimo treinador de diálogos. Lembro que cheguei lá no meu primeiro dia e estava repassando as falas com PJ Byrne, que interpreta Deck, e ele me olhou meio estranho. Ele perguntou: "Por que você está falando desse jeito?". Eu respondi: "Como assim? Porque começamos a filmar em três dias". Eu pronunciava tudo foneticamente, porque era assim que eu aprendia. Tive que me esforçar muito para reduzir a pronúncia a um nível que parecesse natural. Para um filme, você pode se safar, mas para 10 horas de televisão, precisa ser leve, rápido e fácil de entender.
CALLAGHAN: "Hospital North City". Foi a coisa mais difícil. Eu fiquei tipo: "Por que vocês deram esse nome?". Eu tinha todo esse jargão jurídico e aí o "Hospital North City" me dava um tiro no pé toda vez.
CALLAGHAN: Passei por julgamentos importantes, como o julgamento do assassinato de O.J. Simpson e o julgamento de Gwyneth Paltrow. E também por julgamentos obscuros. Estudei advogados, seus padrões de discurso e a maneira como se dirigem ao tribunal. Não temos o mesmo tipo de elemento pop star no sistema jurídico, tipo: "Aquele é o cara que representou esta ou aquela pessoa". Estudar isso é fascinante.
ABC News